domingo, 27 de novembro de 2011

A gente quer a vida como a vida quer

Estava num bar, em Ribeirão Preto - interior de São Paulo, com mais três amigos. Passou um andarilho que interrompeu nosso papo e logo deixamos claro que dinheiro não tinha, pois a conta seria paga no cartão. Na mesa, uma porção de tulipas de frango.


- Pode pegar, fica à vontade. Come com a gente. Disse para ele.


- Não quero comer, também não quero dinheiro... sei que como eu já passou uns cinco por aqui... mas tenho que ser sincero... mas não quero dinheiro... o eu quero... o que eu preciso... vou pedir para vocês então...


Disse para ele:


- Diga amigo!


Enquanto pensava: "Desembucha logo... simplifica".


Dono de uma expressão um tanto sem graça, ele prosseguiu:


- Sabe como é, a gente vive na rua... tudo...


Uma amiga se antecipou:


- É uma pinga que você quer? Se for uma pinga a gente paga, pode pegar lá no balção. Pedi para marcar para nossa mesa.


Respondeu o itinerante com um singelo ar de alívio e contentamento: - É. Abriu-se um sorriso no rosto do rapaz.


Minha amiga concluiu: - Eu que tenho uma vida estruturada, com uma casa para voltar, família, mínimo de condições, tomo as minhas... Agora, imagina viver a realidade da rua de cara?


Bem, são em momentos como estes, além de muitos outros, na vivência cotidiana, que faço alusão e muito bem compreendo a ideia da obra de Chico Buarque explícita na música: "Meu Caro Amigo":


"Muita mutreta pra levar a situação
Que a gente vai levando de teimoso e de pirraça
E a gente vai tomando e também sem a cachaça
Ninguém segura esse rojão(...)


É pirueta pra cavar o ganha-pão
Que a gente vai cavando só de birra, só de sarro
E a gente vai fumando que, também, sem um cigarro
Ninguém segura esse rojão(...)


Muita careta pra engolir a transação
E a gente tá engolindo cada sapo no caminho
E a gente vai se amando que, também, sem um carinho
Ninguém segura esse rojão(...)"

Rasgando o verbo

"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus" (João, I, 1)



Certo dia conversando com um amigo, num certo momento, num determinado assunto, ele me disse:

" - Palavras são secas."

Estávamos conversando sobre a boa construção de um discurso político. Ambos concordávamos que para além das palavras; entonação vocal e expressões corporais e faciais coerentes também são peças chaves. A conversa foi se estendendo, o assunto mudou, os dias passaram, mas uma contradição ficou:

" - Será que realmente: palavras são secas?"

Pensando d'aqui e d'ali, logo descobri - mais uma vez - que palavras são mais que mágicas. Palavra ou palavras nunca aparecem sozinhas, sempre estão inseridas dentro de um contexto, portanto, um conjunto de palavras bem intencionado pode criar impactos imagináveis e/ou indesejáveis, por outro lado, outro conjunto de palavras bem posicionado por ser usado estrategicamente para se atingir interesses variados.

Um poema, uma música, um livro, as falas de uma peça de teatro são conjuntos de palavras que despertam sensações diversas, pois, motivam, magoam, convence, fazem desistir etc. É por meio das palavras que a humanidade pode aprimorar sua comunicação... junto à comunicação está a evolução. As palavras que anunciam os conhecimentos também é a interlocutora das emoções.


João Cabral de Melo Neto, inteligentemente, escolheu o nome: "Morte e Vida Severina" ao seu livro que retrata a história de um retirante nordestino que migra do interior do sertão com destino ao litoral. A ordem natural é a vida e depois a morte, mas o primeiro momento de seca e miséria representa a morte, enquanto que a perspectiva de uma condição mais prósperas no litoral é sinônimo de vida. Eis um ótimo e simples exemplo do bom uso das palavras.



Já diziam os antigos que homem de confiança é aquele que tem palavra.


Toda palavra, que necessariamente sai de alguém, exprime um determinado sentido que pode ser interpretado por outro alguém.


Trocando em miúdos, a epígrafe que dá início ao texto aponta que já é de tempos que as civilizações valorizam a palavra. Mostra também o quanto a palavra é apreciada no meio religioso, outra máxima é: "céus e terras passaram, mas a palavra não passará". De fato, muda-se os costumes, os valores e crenças, a tecnologia, mas o uso da palavra está sempre presente.


O título do texto remente ao ato de se ter o livre acesso ao poder de uso da palavra.

Mesmo uma única palavra (isolada) traz um significado:

AMOR
PAIXÃO
VIDA
MORTE

Como já destacado: a palavra é uma dama que se serve do contexto. Geralmente quando o contexto não ajuda, é ele quem se prejudica. As pessoas tendem a se queixar do contexto e não da palavra.

É comum reclamações nas situações seguintes:

AZUL MARINHO

LARANJA

Normalmente se fala/ouvi neste caso:


" - Por que a cor da palavra é rosa se está escrito laranja?", o questionamento é para se alterar a cor e não a palavra.

ou então,
grande Pequeno

ou então,
mINÚSCULO

Pode até ser divertido, mas esses exemplos causam estranheza na maior parte das pessoas.

Também é comum ouvir que o importante não é o que se diz, mas como se diz. Ou então, que certas conversas (palavras) tem hora e local para serem tratadas. O problema mais uma vez não está nas palavras, mas sim, nas circunstâncias do momento que é o pobre do contexto.

Tem palavras que aceitamos com tranquilidade quando vindas de algumas poucas pessoas; de outras pessoas, talvez a maioria, jamais.


Já tem palavras que falamos para qualquer um e ouvimos de todo mundo.


Em outros casos existem palavras certas para certas pessoas.

Enfim, palavra sozinha ou quando acompanhada, jogada com força ou sussurrada, impressa ou verbalizada, é sempre uma palavra contextualizada... pronta para revelar com força e magia uma intenção por parte de quem a expressa.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Se há conto é porque existe ponto - e vice-versa

Mesmo num único ponto, há muitos contos


É tanto conto para explicar um ponto


Que quando se começa um novo conto


Já até se esqueceu do próprio ponto




Suposta explicação:
Todo e qualquer assunto, desde debates filosóficos, papo de boteco, uma intriga, reuniões estratégicas até decisões parlamentares tem uma premissa para se atingir um raciocínio e chegar há uma conclusão ou objetivo. Neste caso, o objetivo é o ponto ao qual se refere o texto, sendo que todo objetivo é precedido de uma série de raciocínios e esforços que podem contribuir ou não para se chegar há uma conclusão.


Quando se diz: "Que quando se começa um novo conto/Já até se esqueceu do ponto" o texto traz o ato do convencimento pelo convencimento, por exemplo, quando um advogado de defesa já sem provas e argumentos tenta ainda reverter a situação, ou mesmo,numa briga de casal que ambos insistem em continuar a discussão sem mesmo nem se lembrarem do(s) motivo(s) que provocaram a discórdia.


De um outro ponto-de-vista, o pequeno texto, com expressões bastante genéricas, tenta retratar as diferentes justificativas para o inexplicável, como por exemplo, a enganação sem fundamentos, a crença defendida de forma cega e prepotente, a tentativa do argumento sem contestações, o preconceito que não apresenta uma lógica real etc.


De qualquer modo, embora o texto originalmente refira-se aos argumentos verbalizados, também tem em sua interpretação o sentido que tudo possa ser remetido há conjunto de origens, a exemplo de sentimentos que muitas vezes nunca se tem uma explicação, pelo menos convincente. Indo um pouco mais além, o próprio pensamento é a soma de um conjunto de precedentes, é importante destacar isto, pois o pensamento é base dos argumentos e dos sentimentos, que por sua vez, o sentimento é a base das ações.


Para traçar um paralelo, cito alguns pensamentos já de conhecimento do grande público, como o princípio da Ação e Reação, preconizado como a terceira lei de Newton e outra citação, esta tenho maior identificação, é a dialética hegeliana, que diz: tese + antítese = conclusão. Conclusão esta que gera uma nova tese: ponto, estabeleceu-se um processo cíclico e infinito. A dialética se faz realmente encantadora, pena que pode ser uma poderosíssima arma usada tanto a favor do bem, quando do mal... mas talvez seja isto que explique seu encanto.


Por fim, o texto talvez seja o óbvio visto de uma forma poética.


Observação: o texto é praticamente composto por versos alexandrinos.



quarta-feira, 8 de junho de 2011

CRAS de São Joaquim é convidado para realizar apresentações no III Festival de Inverno do Parque Jaguara




O Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) - Fioravante Delmônico “Fiori” - Setor da Prefeitura Municipal de São Joaquim da Barra teve a honra de ser convidado e participar com apresentações artísticas do III Festival de Inverno idealizado pelo Parque Náutico de Jaguara, localizado no município de Sacramento/MG. Vale mencionar que o Festival conta com o apoio do Ministério da Cultura do Governo Federal.

O CRAS que é uma referência em trabalhos assistenciais voltados à prevenção de riscos, cumpre também um importante papel no fortalecimento cultural e artístico do munícipio, pois parte do trabalho socioeducativo que é realizado está associado às expressões corporais, com aulas de capoeira e danças: Axé e Hip-hop (Dança de Rua). No último domingo, dia 05 de junho, monitores e alunos do CRAS que já realizam apresentações em eventos da cidade, como por exemplo, Esquinas Culturais, Festa da Soja e escolas, puderam estender seus espetáculos para fronteiras mais amplas no Parque Jaguara no Estado de Minas Gerais. Entre as atrações pode-se destacar o grupo de capoeira infanto-juvenil coordenado pelo Mestre Rildo, apresentações de danças com grupos formados pelos alunos dos Projetos: CRAS Dance, com o prof. Kaká, e Street CRAS do prof. Danilo Bourog.

O evento também teve a participação de personalidades locais (historiadores, professores etc.) que compuseram uma mesa redonda a fins de debater e explanar sobre a formação histórica da região que deu origem ao chamado Triângulo Mineiro. Além das atividades programadas, os alunos do CRAS passaram uma bela tarde de recreação em pleno contato com a natureza ao longo do território do parque.

PROJOVEM de São Joaquim participa da 11ª Feira do Livro de Ribeirão


No dia 02 de junho (quinta-feira) a turma do Programa Nacional de Inclusão de Jovens - ProJovem - de São Joaquim da Barra participou da 11ª edição da Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto. A já tradicional Feira do Livro conta com uma diversificada programação cultural que contempla todos os públicos e idades. Entre as atrações disponíveis pode-se citar a presença de autores nacionais e estrangeiros, shows com artísticas renomados no cenário musical brasileiro, exposição de artes, saraus, oficinas teatrais, amostras de cinema, além de uma vasta literatura ofertada a preços acessíveis. Neste ano a Feira ocorreu entre os dias 26 de maio até 05 de junho.

Os jovens que frequentam o ProJovem Adolescente - Serviço Socioeducativo - tiveram a oportunidade de entrar em contato com novas formas de manifestações artísticas, fato que ampliam o universo cultural e o desenvolvimento do intelecto. A primeira atividade que os jovens participaram foi o “Salão de Ideias”, que ocorreu no auditório Meira Júnior, com a presença dos autores: Antônio Prata, que atualmente é cronista do jornal Folha de São Paulo, e o carioca Francisco Bosco, filho do célebre compositor e violonista João Bosco. Na sequência, os jovens foram transportados para o “Espaço Grécia” onde ocorreu uma oficina com atores da região que desenvolvem temas relacionados à mitologia grega.

Para as pessoas que se interessarem, o ProJovem é voltado para jovens com faixa etária de 15 até 17 anos, e acontece no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) da Prefeitura Municipal de São Joaquim da Barra, localizado na rua Paraná, 2110, no bairro: Vila Martus, fone: (16) 3728-3672. O horário de funcionamento é das 7 até 11 horas no período matutino e na parte da tarde das 13 às 17 horas.

Juventude Petista vai à luta em prol da Causa Ambiental



No sábado, dia 04 de junho, a Juventude do Partido dos Trabalhadores (JPT) de nossa cidade [São Joaquim da Barra/SP] se mobilizou mais uma vez. Após o evento cultural de lançamento do núcleo jovem do partido, que ocorreu no dia 09 de abril deste ano, agora foi o momento de ocupar as ruas e manifestar em prol do Meio Ambiente.

Os jovens organizaram uma passeata que se iniciou em torno das 9h30 na Praça São José, localizada no bairro Jardim Paulista, e desceu a Rua São Paulo até a Praça Sete de Setembro, onde foi plantada uma muda da árvore nativa: Ipê Branco, a escolha da planta deve-se às suas flores brancas, que para os jovens simbolizam o semeio e o cultivo de dias melhores. O ato também deu lançamento à campanha de conscientização encabeçada pela Juventude do PT joaquinense, que foi aprovada pela mesma para o ano de 2011, o tema da campanha é: “Juventude Petista,

Juventude Consciente!”. Com isto a intenção é organizar outras atividades relacionadas à postura protagonista e autônoma por parte dos jovens para ações coletivas conscientes.

Além do movimento realizado pela JPT, outros grupos também estava há celebrar o Dia Internacional do Meio Ambiente (05 de junho), como por exemplo: professores da Faculdade de Ciências Gerais (Facig) de nosso município e funcionários da Usina Alta Mogiana, fato que garantiu ao evento um clima de unidade e otimismo em relação às preocupações ambientais.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Evento de Lançamento da Juventude do PT em São Joaquim da Barra


Sábado, 09 de abril, a Juventude Petista de São Joaquim da Barra realizou o evento de Lançamento da Juventude do PT no município, que ocorreu na Praça Sete de Setembro (centro), ao redor do Coreto Maestro Antônio Bonutti. O evento teve o formato de uma grande mobilização festiva e com a cara da juventude presente.

Os participantes puderam apreciar manifestações culturais e expressões artísticas diversas, tais como roda de capoeira (encabeçada pelo mestre Rildo), grafite, as apresentações de axé que foram coordenadas pelo prof. Kaka, manobras de skates com o professor de educação física Guilherme (Gnomo) e seus colaboradores, além de muita música boa, pois também entre as atrações estavam os DJ’s Monkey e Diego, além dos grupos de pagode: Pura Ousadia e Momento.

O evento representou um marco histórico para a cidade, pois é a primeira vez que no atual momento a juventude se organiza partidariamente. Outro saldo positivo foram as filiações de jovens ao Partido dos Trabalhadores. Entre as lideranças do PT local estavam a prefeita Maria Helena Vannuchi, o vice-prefeito Dr. Marcelo Mian, o presidente da câmara municipal, o jovem vereador Rodrigo Nicolau, além dos vereadores: Hilário Rocha e Dra. Suzi Barboza. Assessores da gestão municipal e filiados ao PT também estiveram presentes, como por exemplo: Adriana Ceribelli, Lucas Mingoni, Claudinei Bagatini, Emílio Galassi (Milim) e militantes em geral: João Nicolau, Pereirinha, Pistolinha, Nivaldo entre outros. O evento também contou com a presença do presidente do PT local José Ivo Vannuchi, ex-prefeito e assessor especial do Ministério da Cultura, junto à ministra Ana de Hollanda, esta por sua vez é irmã do compositor Chico Buarque de Hollanda.

A JPT de São Joaquim da Barra é coordenada por Bruno Santana e tem no momento como principais pautas o compromisso de dialogar com a juventude joaquinense, conhecer mais profundamente sua realidade, demandas específicas e prioritárias, e também promover a inclusão digital e cultural para todos. Por assim ser, aqueles jovens que se identificam e querem já podem fazer aulas de dança com o prof. Paulo Ricardo Lopes (Kaká) na sede do partido, localizado na Rua Bahia, 1232 (ao lado do Bar do Pezão), fone: (16) 3818-1301. Em breve, o PT que já oferece acesso gratuito à internet por meio do Projeto PT-NET, também ofertará cursos de informática com o prof. Carlos Carvalho (Branquinho).

sábado, 26 de fevereiro de 2011

O Partido dos Trabalhadores organiza sua Juventude - A JPT



O Partido dos Trabalhadores (PT) de São Joaquim da Barra dá mais um salto de qualidade. Terça-feira, dia 22 de fevereiro, ocorreu na sede do partido uma importante reunião da Juventude do Partido dos Trabalhadores (JPT). A reunião foi aberta à comunidade, em especial aos jovens joaquinenses, fato que representou um marco histórico e político, pois no atual momento é a primeira vez que os jovens se organizam coletivamente em prol de um cunho partidário no nosso município.

A JPT vem sendo organizada principalmente pelos jovens Bruno Santana, Paulo Ricardo Lopes (professor de dança: Kaka) e Carlos Carvalho (Branco). Como convidados especiais, a reunião pode contar com o militante Lelo (representante da executiva estadual da JPT) e Rogério de São Carlos, que é assessor do deputado Newton Lima que o PT joaquinense apoiou e ajudou a eleger na última eleição.

Na reunião estavam presentes lideranças importantes para o partido, como os vereadores Rodrigo Nicolau e Hilário Rocha de Moraes Júnior, os assessores Milton Roberto Furlan, Adriana Ceribelli e Lucas Mingoni, e militantes: João Nicolau e Pistolinha. Estava presente também o mestre de Capoeira Rildo Vieira.

Em relação aos assuntos debatidos, estavam as contribuições e avanços promovidos pelo governo Lula e de continuidade com a presidente Dilma Roussef, tais como o Programa Universidade para Todos (ProUni) que possibilitou a mais de 700 mil jovens o acesso às universidades e o Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem) que permite aos jovens novas perspectivas e conceitos quanto ao mercado de trabalho e espaço de convivência comunitária. Também houve um debate de conjuntura municipal, no qual a administração da prefeita Maria Helena tem apresentado resultados expressivos na área de Esporte e auxílio no transporte e mensalidade para jovens universitários. Entre outros temas, como a inclusão digital que já sendo realizada por meio do PT-NET, a valorização da cultura e a constante preocupação com o meio-ambiente.

Para os desafios da JPT para o próximo período está o fato de se dialogar com a juventude joaquinense. Este é um ponto central para conhecer a realidade e demandas específicas dos jovens e, consequentemente, auxiliar na formulação de políticas públicas voltadas a este segmento ainda muito vulnerável à violência, criminalidade e desemprego.

A JPT já está nascendo de modo plural e democrático, pois conta com jovens artistas, universitários, secundaristas, trabalhadores e desportistas.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Alunos do CRAS participam de Festival de Dança no Sesc Ribeirão Preto


No último domingo, 20 de fevereiro, a turma de Hip-hop do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) da Prefeitura Municipal de São Joaquim da Barra realizou mais uma descontraída atividade. Os jovens foram ao "Serviço Social do Comércio" SESC na cidade de Ribeirão Preto onde puderam entrar em contato com muita das expressões artísticas e culturais que estão em evidência no mundo contemporâneo.

No entanto, o principal intuito do passeio foi assistir ao festival de batalhas de Hip-hop. Diversas modalidades do estilo da dança foram apresentadas, tais como: House, Pop,
B-boys (Break-boys) e B-girls (Break-girls).


O professor de Dança de Rua do CRAS, Danilo Bourog (foto ao lado), conquistou a segunda colocação na disputa de House. Os jovens participantes do CRAS se contagiaram com a energia do evento e sentiram-se estimulados para aperfeiçoar a prática da dança.











Observação: Os créditos das fotos são de Francine Tx.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O Movimento Pérola Negra do CRAS se apresenta na Escola Pedro Badran


O Movimento Pérola Negra do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), grupo com intuito de propagar manifestações culturais e artísticas, já iniciou suas atividades deste ano.

A 1ª apresentação do grupo foi nesta terça-feira (8 de fevereiro), na parte da manhã – a partir das 9 horas, para os alunos do ensino médio, professores e funcionários da Escola Técnica Estadual Pedro Badran. O Mov. Pérola Negra apresentou-se com uma banda de percussão e dançarinas no pátio central da escola.

O ato cultural, que integrou o cronograma de abertura do ano letivo, emocionou e despertou o interesse dos presentes em conhecer melhor os trabalhos realizados pelo CRAS e pelo Mov. Pérola Negra, grupo que muito vem contribuindo para a afirmação da cultura acessível em nosso município (São Joaquim da Barra/SP).

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

CRAS promove a 4ª Edição da Colônia de Férias



O Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) “Fioravante Delmônico – Fiori” de São Joaquim da Barra (SP) promoveu - entre os dias 18 e 28 de janeiro de 2011 - a 4ª Colônia de Férias. A Colônia dividiu-se em duas semanas, na primeira, foram atendidas sessenta crianças entre 6 e 12 anos; já na segunda semana, participaram 30 jovens com idade de 13 até 17 anos.

Durante as atividades da Colônia os participantes foram levados a uma sessão de cinema no Franca Shopping, desenvolveram práticas desportivas e de recreação no Ginásio Municipal de Esporte, tiveram acesso às oficinas de reciclagem e meio-ambiente, passearam na Gruta de Orlândia (SP) e, por fim, foi realizado um encerramento no Projeto Macaco e Cia. na Fazenda Santa Luzia, que está localizada no município de Sales Oliveira (SP).

Para a equipe organizadora houve um salto de qualidade nesta 4ª edição da Colônia de Férias, pois os participantes entraram em contato com diferentes ambientes, além de uma maior diversidade de atrações, fato inédito em comparação com as edições anteriores.

sábado, 22 de janeiro de 2011

"Bar Ruim é Lindo, Bicho!" de Antônio Prata

Dr. Prata medicou em São Joaquim da Barra, cidade que me criei e habito atualmente, e também em Tupã, cidade que cursei a faculdade de administração, militei, namorei, cantei, me estrepei... aprendi. Ambos municípios localizados no interior do Estado de São Paulo, aquele na região da Alta Mogiana ao lado leste e este inserido na região da Alta Paulista, no lado oeste.

No entanto, o motivo desta postagem não é o Dr. Prata propriamente, mas sim o fato deste ser pai do famoso escritor Mário Prata que por sua vez é pai de outro famoso escritor: Antônio Prata.

Antônio Prata, cronista e autor do livro "Meio Intelectual, Meio de Esquerda" escreveu o descontraído texto: "BAR RUIM É LINDO, BICHO!". Real motivo desta postagem.

Portanto, com vocês:

Bar Ruim é Lindo, Bicho!


"Eu sou meio intelectual, meio de esquerda, por isso frequento bares meio ruins. Não sei se você sabe, mas nós, meio intelectuais, meio de esquerda, nos julgamos a vanguarda do proletariado, há mais de cento e cinquenta anos. (Deve ter alguma coisa de errado com uma vanguarda de mais de cento e cinquenta anos, mas tudo bem).

No bar ruim que ando frequentando ultimamente o proletariado atende por Betão - é o garçom, que cumprimento com um tapinha nas costas, acreditando resolver aí quinhetos anos de história.

Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos ficar "amigos" do garçom, com quem falamos sobre futebol enquanto nossos amigos não chegam para falarmos de literatura.

- Ô Betão, traz mais uma pra a gente - eu digo, com os cotovelos apoiados na mesa bamba de lata, e me sinto parte dessa coisa linda que é o Brasil.

Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos fazer parte dessa coisa linda que é o Brasil, por isso vamos a bares ruins, que têm mais a cara do Brasil que os bares bons, onde se serve petit gâteau e não tem frango à passarinho ou carne-de-sol com macaxeira, que são os pratos tradicionais da nossa cozinha. Se bem que nós, meio intelectuais, meio de esquerda, quando convidamos uma moça para sair pela primeira vez, atacamos mais de petit gâteau do que de frango à passarinho, porque a gente gosta do Brasil e tal, mas na hora do vamos ver uma europazinha bem que ajuda.

Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, gostamos do Brasil, mas muito bem diagramado. Não é qualquer Brasil. Assim como não é qualquer bar ruim. Tem que ser um bar ruim autêntico, um boteco, com mesa de lata, copo americano e, se tiver porção de carne-de-sol, uma lágrima imediatamente desponta em nossos olhos, meio de canto, meio escondida. Quando um de nós, meio intelectual, meio de esquerda, descobre um novo bar ruim que nenhum outro meio intelectuais, meio de esquerda, frequenta, não nos contemos: ligamos pra turma inteira de meio intelectuais, meio de esquerda e decretamos que aquele lá é o nosso novo bar ruim.

O problema é que aos poucos o bar ruim vai se tornando cult, vai sendo frequentado por vários meio intelectuais, meio de esquerda e universitárias mais ou menos gostosas. Até que uma hora sai na Vejinha com o ponto frequentado por artistas, cineastas e universitários e, um belo dia, a gente chega no bar ruim e tá cheio de gente que não é nem meio intelectual nem meio de esquerda e foi lá para ver se tem mesmo artistas, cineastas e, principalmente, universitárias mais ou menos gostosas. Aí a gente diz: eu gostava disso aqui antes, quando só vinha a minha turma de meio intelectuais, meio de esquerda, as universitárias mais ou menos gostosas e uns velhos bêbados que jogavam dominó. Porque nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos dizer que frequentávamos o bar antes de ele ficar famoso, íamos a tal praia antes de ela encher de gente, ouvíamos a banda antes de tocar na MTV. Nós gostamos dos pobres que estavam na praia antes, uns pobres que sabem subir em coqueiro e usam sandália de couro, isso a gente acha lindo, mas a gente detesta os pobres que chegam depois, de Chevette e chinelo Rider. Esse pobre não, a gente gosta do pobre autêntico, do Brasil autêntico. E a gente abomina a Vejinha, abomina mesmo, acima de tudo.

Os donos dos bares ruins que a gente frequenta se dividem em dois tipos: os que entendem a gente e os que não entendem. Os que entendem percebem qual é a nossa, mantêm o bar autenticamente ruim, chamam uns primos do cunhado para tocar samba de roda toda sexta-feira, introduzem bolinho de bacalhau no cardápio e aumentam cinquenta por cento o preço de tudo. (Eles sacam que nós, meio intelectuais, meio de esquerda, somos meio bem de vida e nos dispomos a pagar caro por aquilo que tem cara de barato). Os donos que não entedem qual é a nossa, diante da invasão, trocam as mesas de lata por umas de fórmica imitando mármore, azulejam a parede e põem um som estéreo tocando reggae. Aí eles se dão mal, porque a gente odeia isso, a gente gosta, como já disse algumas vezes, é daquela coisa autêntica, tão Brasil, tão raiz.

Não pense que é fácil ser meio intelectual, meio de esquerda em nosso país. A cada dia está mais difícil encontrar bares ruins do jeito que a gente gosta, os pobres estão todos de chinelos Rider e a Vejinha sempre alerta, pronta para encher nossos bares ruins de gente jovem e bonita e a difundir o petit gâteau pelos quatro cantos do globo. Para desespero dos meio intelectuais, meio de esquerda que, como eu, por questões ideológicas, preferem frango à passarinho e carne-de-sol com macaxeira (que é a mesma coisa que mandioca, mas é como se diz lá no Nordeste, e nós, meio intelectuais, meio de esquerda, achamos que o Nordeste é
muito mais autêntico que o Sudeste e preferimos esse termo, macaxeira, que é bem mais
assim Câmara Cascudo, saca?).

- Ô Betão, vê uma cachaça aqui pra mim. De Salinas quais que tem?"

autor: Antônio Prata

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

1ª Esquina Cultural


No dia 21 de outubro de 2010, quinta-feira, ocorreu a 1ª Esquina Cultural no bairro Jardim Paraíso (Sanbra). A Esquina Cultural é uma proposta idealizada pelo Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) – Fioravante Delmônico de levar manifestações culturais e artísticas acessíveis aos quatro cantos do município de São Joaquim da Barra. Para tal, a Esquina Cultural será realizada em todos bairros da cidade, buscando sempre estabelecer parceria com a escola de cada local.

O evento realizado ontem, entre a rua José Tobias e a rua Francisco Ribeiro Atanes, destacou apresentações do Projeto Movimento Pérola Negra (grupo artístico mantido pelo CRAS de valorização e propagação da cultura afrobrasileira), além da participação e apoio de professores, funcionários e alunos da Escola Estadual Profa. Graziela Malheiros Fortes. Alunos da escola receberam premiados por terem se destacados em olimpíadas de matemática, práticas desportivas e em disputas regionais de redação e poesias.

A Esquina Cultural foi prestigiada por moradores locais, além de autoridades como a prefeita Maria Helena e a vereadora Dra. Suzi. Além da ilustre abertura das atividades com a Banda Municipal Lira e Trabalho regida pelo maestro Antônio Bonutti.

Ao findar do evento, o público se mostrava explicitamente contagiante e a equipe organizadora com boa expectativa para realização da próxima Esquina Cultural que ocorrerá no bairro do Baixada.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Galera do ProJovem de São Joaquim vai à Bienal


Na sexta-feira, dia 10 de dezembro, o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) – Fioravante Delmônico “Fiori” – organizou uma viagem para a 29ª Bienal que ocorreu nas instalações do Ibirapuera na cidade de São Paulo.

O passeio teve como intuito promover uma confraternização de encerramento entre os jovens que frequentaram as atividades desenvolvidas pelo CRAS ao longo de 2010. De modo descontraído, os jovens que pertencem ao Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem) e os que praticam aulas de danças (Hip-hop, axé e capoeira) tiveram a oportunidade de entrar em contato com o que está em maior evidência no mundo da arte contemporânea.

A Bienal teve como tema Política e Arte, o que permitiu uma reflexão a respeito das experiências políticas vivenciadas durante os anos da ditadura militar até a última eleição direta ocorrida no ano passado, e o modo como as manifestações artística podem dialogar e influenciar neste processo.

Após a visita à Bienal, foi oferecido um almoço aos participantes seguido de uma ida ao shopping Ibirapuera para finalizar o passeio de forma agradável e renovar as forças da galera para as atividades do próximo ano.