sexta-feira, 16 de maio de 2014

Raíz da Paixão

Estes versos são belos. Impossível não se encantar com eles, tamanha penetração e envolvimento por parte de quem os escreveram. Foram escritos por uma amiga. Que agora compartilho neste espaço:

Por: Elaine Santini 


Não sei que motivos são esses
Que me encontro pensando em você
E me perco nos pensamentos de você
E neste vai e vem de pensamento
Te encontro em cada esquina desses momentos.

Às vezes me olho e vejo você
Por outras vezes vejo você a me olhar
Não sei ao certo qual olhar é mais penetrante
Se o meu em você
Ou se o seu aguardando o meu.

Não importa - ou tudo importa
Importa o momento de se ficar
E o momento de ir
Mas este ir é o momento de ficar
E ficar vai se acomodando - sempre.

Revelação da Química

Este poema me representa uma experiência inédita. Já compus muitos textos, levando em consideração meus sentimentos e modo de visualizar o mundo. Também já destinei alguns dos meus textos em homenagem a alguém. Mas desta vez arrisquei escrever algo que transmitisse minhas sensações e de uma outra pessoa muito especial - simultaneamente. A afinidade e a química tem sinto tão real neste instante que ousou tal façanha. Com vocês, portanto: Revelação da Química


Se enamorar com alguém do mesmo signo
Talvez seja como olhar ao espelho e enxerga a própria alma
É uma dose de nós mesmos
Mais a soma daquilo que não conquistamos sozinhos
É pressupor o outro
Sendo ao mesmo tempo se sentir surpreendido
Refletido: compreendido...

Simboliza a identificação mais próxima do perfeito
Ao modo de encarar o mundo
É apreciar o belo que para ambos soa como belo
E mesmo na discordância há afinidade
Pois se está em jogo a intensidade deste ato
Não propriamente o ponto-de-vista: seja qual for ele
Fugir é não ser sincero nem conosco, nem com o outro.

Quando isto acontece, no fundo
Reafirma o quão somos convictos de nós mesmos
Nos aceitamos diante das qualidades e fraquezas
Queremos manter a essência
No entanto, precisamos de outras motivações
O universo conspira para potencializar a si e ao outro
Segue uma explosão que nos preenche... uma sinergia que nos abastece...

Em síntese, nos transformamos e evoluímos conjuntamente
Pois sabemos que é o outro que somos nós; e nós o outro...
Este é o complemento para sermos mais ainda nós mesmos...
E só sendo nós mesmos... verdadeiramente conseguimos completar o outro.

sábado, 5 de abril de 2014

A Realidade Dura de Franca nos Últimos Dias


Franca é uma cidade que - desde pequeno - sempre tive carinho e que em muito me desperta atenção. Principalmente pelas pessoas hospitaleiras, clima ameno e dinamismo. A cidade é economicamente estratégica devido seu pólo calçadista. É referência em diferentes aspectos.
De um tempo para cá tenho procurado compreender melhor o dinamismo da cidade, suas relações políticas, de governo e as demandas da população. Do ponto-de-vista analítico tem sido um enorme laboratório. Entretanto, referente ao humanismo: a experiência é de lamento, choque, sentimento de impotência. Já li em muitos livros sobre a barbárie que pode chegar o ser humano em condições extremamente precárias. Quando este sente que não tem mais vez e nem voz. Nem mesmo o necessário.
O conceito de anarquismo é o fim do Estado. Ou seja, a sociedade que se "regulamenta" por si só. E é exatamente a situação que Franca vive e enfrenta hoje. Um (des)governo ausente. Mas não ausente apenas por não fazer. E sim uma ausência que destrói, preocupa e vitimiza. Não são casos pontuais. É uma sequência de erros. São pessoas nas filas dos hospitais com mau atendimento, um número desumano de óbitos na pasta da saúde com famílias enlutadas. É a relação enrijecida e esgotada com a ACIF - Associação do Comércio e Indústria de Franca: com um contato que amplia gargalos ao invés de pensar alternativas conjuntas. São servidores (pais de família, trabalhadores, mulheres lutadoras) sendo tratados com desrespeito e nenhuma valorização.

Quando embolam tantas crises ao mesmo tempo se estabelece um caos. A população perde direção. O resultado é o cidadão contra o servidor e vice-versa. Perde-se o controle e os limites. O vídeo deste blog (segue) me faz refletir mais e mais sobre a cidade, gestão pública com eficiência/efetividade e, principalmente, muita valorização e compromisso com as pessoas. Resumindo, é somente para isto que deve servir a política: focar e valorizar as pessoas. O resto é o que vemos acontecendo por aí: irresponsabilidade, inconsequência e muita dor. No fundo, quem verdadeiramente sabe é quem sente. 
No link abaixo o Programa Alerta Geral registra um “quebra pau” no Pronto Socorro.