quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Boom de Ilusões




Se tem magia é por que é mágico
Mas chega um momento em que a mágica deixa de ter magia e perde a total graça
Não por se descobrir o segredo
Mas porque aquele alguém realizou o truque do some e desaparece
Pronto: espalha-se um boom de ilusões!

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Arma+Força+Ideia = Perigo

A primeira arma que podemos ter é
a força das ideias,
Quando usada ao sabor dos sentimentos
se torna altamente danosa
Em nós e no outro
Vinda de nós ou do outro...



quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Tenha Calma e Siga em Frente




TENHA CALMA E SIGA EM FRENTE pode ser considerada a tradução e o sentido em português para a expressão: KEEP CALM AND CARRY ON.


Entre o que popularmente convencionou-se chamar de MEME, a expressão acima - em destaque, é uma das que mais me chama a atenção. A princípio, vi a frase na internet: redes sociais, páginas virtuais, também em algumas camisetas e etc. De fato, o que me prendeu a atenção é a origem e o desfecho de como o meme se tornou um meme.

Em síntese, esta é uma expressão britânica criada no contexto da II Gerra Mundial, logo no seu início, em caso de um possível ataque da Alemanha Nazista dentro do território inglês. Bem, isto por si só já fornece à expressão um tom simbólico e até mesmo, diga-se de passagem, chega a ser lendário.

Porém, na realidade, durante o período de sua criação, a expressão teve pouca ou nenhuma expressão. Apenas alguns bons anos mais tardes, em 2000 - quase século XXI, foi redescoberto um cartaz com a expressão num sebo da Inglaterra. Pronto! A partir de então a expressão começou a se popularizar com amplitude internacional. Outro fato intrigante e interessante desta história é que o autor da frase é desconhecido.

Vejam bem, uma frase descoberta por acaso. Pertencente a um contexto histórico, destinado para um público específico e com uma mensagem de tentativa motivacional numa situação desesperadora. Agora é usada em outros tempos de outros valores, sem nenhum foco de público específico, pode até ter um intuito motivacional, mas seu verdadeiro e maior uso tem fim em si mesmo, se tornou um clichê, uma moda, um MEME. 

Uma expressão que foi resgatada não por representar um alvo de estudo, não por ter sido vista ou vivida e tenha se tornado inspiração para algum poeta, não por sua composição ser considerada uma obra-prima ou qualquer coisa do gênero; mas sim, por pura e exclusiva vontade e ordem do acaso. 

Por fim, apenas: Keep Calm and Carry On!

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Sem Título, Não Consigo Denominar o Sentimento desta Postagem

Tentando se esforçar, e muito, para absorver novos conhecimentos.
Conhecimentos não para a inteligência, mas para os sentimentos.
Desafio com pesar, com dor, com lágrima, mas com sinceridade!

"Antes só do que muito acompanhado; Esperar não significa inércia, muito menos desinteresse; Renunciar não quer dizer que não ame; Abrir mão não quer dizer que não queira; O tempo ensina, mas não cura." (Mharta Medeiros)

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Cidade de Ribeirão Preto - Por um Outro Olhar




Aurora Texas, outrora Califórnia
Terra do Chopp famoso
Que refresca nas altas temperaturas
E com forte histórico de cafeicultura
Que aqueceu o patrimônio dos barões

A maior parte da cidade dorme:
Fecha os olhos e relaxa
Enquanto uma vida saliente desperta nas ruas do centro
São as diaristas a esperar o transporte
O transporte para outra realidade...
As prostitutas nos pontos
Nos pontos do desespero...
Os travestis a busca de visibilidade...
Histórias nas mesas de botecos:
Meias verdades, meias mentiras...
Esta é a vida daqueles
Que procuram o sentido da vida

Apesar do custo de vida ser alto:
O preço mais caro é do conservadorismo
Massificado pela mídia...
Manobrado na lama da argila política...
Celebrado pela mentalidade religiosa exacerbada...
Cultivado pelo agronegócio:
Que se apresenta com semblante da exuberância
Contudo, é a labuta e a miséria sua fonte de sustância

Tamanho conservadorismo
Materializado nas principais ruas do centro
Que levem nomes de general e duque
Atendem por comandante, marechal e visconde
Com monumentos e estatuas nas praças:
Que cristalizam exploradores
E petrificam o espírito da mudança
...Tentativa de aprisionar os movimentos

Além do conservadorismo
Contrasta o ar da modernidade
Com seu segredo desvendado
De mais consumismo descarado...
O consumismo age como uma deusa grega
Seduz, conduz...
Contamina, faz adoecer...

Soma também o contraste da segregação
Calculado no valor do metro quadrado...
Quanto vale na Fiúsa? Mais de um milhão
Quanto vale no Quintino? Menos de um retalho
O resultado da equação é uma subtração
Pois já não se sabe qual o valor de uma relação

Esta é a famosa cidade de Ribeirão:
Capital do blues...
Capital da cultura...
Capital do agronegócio...
Sede da Agrishow...
Onde tem o tradicional chopp do Pinguim...
E as famosas garotas da Albertina...
Esta é a famosa cidade de Ribeirão.

sábado, 31 de março de 2012

Lucidez Delirante


Quanto recluso ao meu retorno
Logo me desperto para a realidade
Pois permear por outros espaços
Espaços tão ludibriantes
É não ter tempo, nem ao menos condições
De se atentar e digerir a realidade
Mas a realidade quando atingida
É real que não será plena
Pois a plenitude está além da realidade
Mas d'aquilo que caracterizamos como real
Tem um esgotamento do que se pode suportar
Logo então começa a transformação
Transformação em excesso de realidade
Este excesso de realidade já é outra atmosfera
Repouso de novas fantasias e um ninho do delírio

sexta-feira, 23 de março de 2012

O que é a Solidão?


O que é a solidão?
Senão uma necessidade
Ou falta de opção

O que é a solidão?
Senão...
Uma ausência de opção inevitável
Fruto da condição de existência

Dentro dos grandes centros urbanos
Em meio ao feudo de construções:
Arranha-céus, rodovias e avenidas
A solidão está mais acentuada

Falta compreensão...
Sobra individualismo
Falta interação...
Sobra informação

Em meio à multidão
Se origina só, se existe só
Também pudera afinal
A existência é intransferível

O que é a solidão?
Senão a necessidade de se estar
Na companhia de si próprio
Refletir, se revoltar, se acalmar...
Sentir dor, indignação, conformidade...
E quem sabe amadurecer...
Unificado consigo próprio


Em meio a tal condição
É sábio olhar de fora para dentro
E não querer ou poder só ficar só
Por depender do outro

Na mesma linha, quando só
É sábio olhar de dentro para fora
Para entender o outro
Porque alguma coisa já se entendeu de si mesmo...

quarta-feira, 21 de março de 2012

Infinito


Meus registros
são parte de minha memória

Minha memória
são partes de minha história

Minha história
são partes de minha experiência

Minha Experiência
são partes de minha vida

E minha vida
é parte de um todo

E o todo
é parte de outro todo

E o outro todo
é parte de um todo
ainda maior...

... é parte do infinito.

Tá Onde Estiver

Tá no boteco
Tá na boca
Tá no beijo

Tá no miolo
No começo
E no final

Tá no samba
Tá no enredo
E tá no ritmo

Tá na cor
Na sensação
E tá na chama

Tá na alma
Tá no sonho
E no olhar

Tá marcado
Apreciado
Incorporado

Tá em você
Tá em mim
Está neles

Tá entre nós
Pois somos nós

(Des)Encontro II

Meu simples maior desejo:
É encontrar alguém
Para me encontrar

Minha simples maior dúvida:
Será que preciso encontrar alguém
para me encontrar?
Ou me encontrar
para encontrar alguém?

(Des)Encontro I

Quando saio à rua
Sinto uns desencontros
Embora horas talvez
Sinto calor pelos cantos

Às vezes me acontece
De encontrar o encontro
É quando me encontro
Sinto amor pelos cantos

A vida se resume
Num emaranhado de encontros
Por outro lado se resume
Numa sequência de desencontros

Na minha realidade
Encontro rostos, cheiros e trejeitos...
Na minha fantasia
Misturo e imagino rostos e trejeitos...

No meu espaço
Encontro os que
Como eu
Tem o mesmo espaço

Mas meu simples desejo:
É encontrar alguém
Encontrar algo
Me encontrar...


Mesmo se deixo um tempo
Para encontrar tempo
Para o encontro


Preciso do tempo
Encontrar tempo
Para meu encontro

Mundo Paradoxal

















O espaço é muito grande
Mas tão grande é o muito
E logo passe a ser gigante
Um gigante neste mundo
De longe é apaixonante
Mas de perto é imundo

Eis aqui o mundo que é grande
Com tanto prisma e dimensão
Carrega consigo a marca do vazio
Mais a dor amarga da segregação

O mesmo mundo declarado gigante
Fora habitado por seres da pequenez
Agora penetrado nesta crise constante
Tripulantes no glamour, todos na timidez

Olha o grande que é tão grande
Composto pela infinita pequenez
Confunde, pois quando se esconde
Como consegue embelezar a avidez

Sempre pensar o quão és grande:
Risco de cruzar a esquina paradoxal
O império estás além do semblante
Precisa das notas de cedro visceral

Mundo... pequeno gigante
Gigante pequeno... mundo
De longe é apaixonante
Mas de perto é imundo